Quinta-feira, 20 de Abril de 2006
No Jornal de Santo Thyrso de 14 de Abril vêm um excelente artigo do jornalista/Advogado Pedro Fonseca acerca da realidade Tirsense e a sua importância entre os Munícipios mais ricos de Portugal.
Segundo o estudo da Marktest os 10 Municipios com mais poder de compra são:
1-Lisboa
2-Porto
3-Sintra
4-Oeiras
5-Gaia
6-Loures
7-Cascais
8-Almada
9-Matosinhos
10-Coimbra
Nestes munícipios predominam as Grandes Areas Metropolitanas de Lisboa(6 municipios) e Porto(3 municipios) sendo que nós pertencemos recentemente a esta última pelo menos no papel.
Se alargarmos este grupo aos 25 com mais poder de compra, podemos encontrar os nossos "compadres" da Grande Area Metropolitana do Porto , Gondomar (16º), Maia (19º) e Santa Maria da Feira (20º), também encontramos os nossos vizinhos Guimarães (15º) e Vila Nova de Famalicão (23º). Nós ocupamos o 46º Lugar...
O objectivo da sociedade sejam as entidades públicas e privadas do municipio devem pois trabalhar no conjunto de inverter tal situação de colapso económico e social do nosso concelho, além desta posição somos um dos concelhos com mais desemprego um dos mais atrasados e pobres da Grande Area Metropolitana do Porto.
O nosso modelo industrial concelhio assente nas baixas qualificações e baixos salários chegou ao fim do ciclo, o nosso projecto de municipio com vários pólos urbanos individuais ao contrário de um forte também colapsou, é altura de tentarmos criar mais riqueza, tentando recuperar o tempo perdido no campo do básico, como as infra-estruturas básicas, a criação de escolas de qualificação profissional, o ajudar as familias mais carenciadas para evitar o abandono escolar precoce além da oferta de mais formação para essas pessoas, a aposta numa industria de qualidade e não de exploração aonde no recente cenário de globalização já não podemos competir com paises como a Europa de Leste , a India e a China, a aposta em novas tecnologias e pois fundamental.
É pois altura de Santo Tirso se erguer e abraçar todas as suas freguesias e criar um projecto que não olhe apenas para um centro de 3 ou 4 km2 e passe a ter uma mentalidade aonde o bem e o desenvolvimento de todos é um bem comun, aonde se diferencie pela capacidade das populações e não seja recordado com um concelho aonde o têxtil no passado foi grande e hoje não é nada mais que uma terra moribunda.
Acredito que ainda é possível mudar.